Poema de José Fernandes Castro
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Tão forte
quanto forte é a certeza
De saber que depois da tua morte
De saber que depois da tua morte
Não haverá
clarões nem alma acesa
Não haverá o
riso natural
De quem, tal
como tu, de peito aberto
Perdoava por bem, a voz do mal
Perdoava por bem, a voz do mal
E tinha a
poesia sempre perto
Não haverá
jamais o tal conforto
Que de ti
ressurgia sempre em fado
Um fado português emancipado
Um fado português emancipado
Com o sabor
real do velho Porto
Enfim,
contigo na eternidade
Fica
connosco a amizade companheira
Que te vai relembrar a vida inteira
Que te vai relembrar a vida inteira
No fado, no
amor e na saudade